segunda-feira, 27 de junho de 2011

O que é parto na água?

O parto na água se caracteriza quando a mãe dá a luz com os genitais totalmente cobertos de água. 

A mãe fica dentro de uma banheira acompanhada ou não pelo pai que também pode entrar na banheira e apoiar a mulher, como no parto de cócoras.

A água pode cobrir toda a barriga e deve estar numa temperatura favorável ao momento do parto, próxima à temperatura corpórea materna (entre 30 a 35ºC). 

A água morna deixa a parturiente relaxada e alivia as dores das contrações, provocando vasodilatação e consequente aumento da irrigação sanguínea da mãe, diminuição da pressão arterial, além do relaxamento muscular.

Em comparação ao parto natural fora da água, este parto é menos doloroso para a mãe, apesar de algumas vezes ser mais lento, além de ser mais tranqüilo para o bebê. Ele sai de um meio líquido e quente para outro meio líquido e quente, havendo uma transição mais lenta para o mundo externo.

Esse tipo de parto não é recomendado em trabalho de parto prematuro, presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo, bebês com mais de 4500g ou que precisem de monitoramento contínuo ou outros cuidados.


"Doutor, parto na água é o mesmo que parto humanizado?"

A resposta é NÃO! Parto Humanizado é a metodologia aceita na comunidade científica atual baseada em evidências científicas. No parto humanizados são respeitados todos os preceitos da Medicina Baseada em Evidências, associados à Humanização do atendimento e ao Protagonismo Feminino em relação às suas escolhas e possibilidades. Se dentre as suas escolhas estiver o parto na água, então ele está dentro da metodologia do parto humanizado. 

"Em 2009 foi publicada uma revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane avaliando a imersão em água durante o primeiro e o segundo estágios do parto (dilatação e expulsão, respectivamente). Foram incluídos 12 ensaios clínicos randomizados (ECR), três dos quais avaliaram a imersão em água durante o período expulsivo. Um total de 3243 mulheres foram analisadas. Nos ECR avaliando a imersão em água durante a fase de dilatação, observou-se significativa redução da dor e decréscimo da necessidade de analgesia farmacológica (peridural ou combinada), além de menor duração do primeiro estágio do parto (menos 32 minutos em média).   Nenhum efeito adverso materno ou perinatal e neonatal foi observado. Os autores da revisão Cochrane sugerem que as mulheres devem ser informadas dos efeitos benéficos da imersão em água durante o primeiro estágio do parto e tanto obstetrizes como outros profissionais que prestam assistência ao parto podem recomendar a imersão em água como estratégia para redução da dor durante o trabalho de parto" - trecho retirado do blog "Estuda Melania, estuda - http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/09/estudando-sobre-parto-na-agua.html

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